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O Embaixador, Sianga Abílio,   foi o convidado de honra da Universidade de Strathmore de Nairobi que promoveu, no dia 22 de Dezembro de 2022, uma Palestra sobre Resolução dos Conflitos Transfronteiriços em África.

Na sua intervenção, o Embaixador, Sianga Abílio, disse que no âmbito das Relações Internacionais, são utilizados frequentemente métodos pacíficos e consensuais para resolução dos conflitos, como são os casos da Negociação Diplomática, Mediação, Arbitragem e considerou os tribunais como sendo a última opção e com consequências que nem sempre são benéficas para os povos.  

O Embaixador, Sianga Abílio, referiu-se à região dos Grandes Lagos e não só, como regiões de potenciais conflitos, devido a disputa pelos Recursos Naturais, tendo citado os exemplos da Ilha de Mingingo, no lago Vitória, entre o Quénia e o Uganda, como zona de conflito devido à recursos pesqueiros; a fronteira marítima entre o Quénia e a Somália, outra zona de conflito, devido à recursos petrolíferos e o lago Alberto, entre a República Democrática do Congo  e o Uganda,   que pode despoletar um conflito, por causa dos recursos petrolíferos. Continuando com exemplos, o Embaixador, Sianga Abílio, mencionou a zona de Bakassi, entre a Nigéria e os Camarões, e o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul.

Como um trunfo da Política Externa de Angola, o Embaixador, Sianga Abílio, apresentou o caso entre Angola e o Congo-Brazzaville, como "Modelo" que pode servir para resolução dos potenciais Conflitos Transfronteiriços provocados pela  disputa dos Recursos Naturais que, no caso dos dois países, culminou com a criação de uma zona de "Unitização" ou, simplesmente, Zona de Interesse Comum.

De recordar que em 2002, o Embaixador, Sianga Abílio, na altura Administrador da Sonangol, liderou a delegação de peritos angolanos que negociou com o Congo Brazzaville, a disputa  dos recursos naturais sobre a fronteira entre os dois países, tendo resultado na criação da Zona de Interesse Comum chamada "Campo de Lianzi" operado pela Chevron, com a participação dos dois países.

O Campo de Lianzi, descoberto em 2004 com reservas estimadas em 70 milhões de barris, resultou de um Acordo assinado entre Angola e Congo-Brazzaville, em 2002, com objectivo de conduzir uma exploração conjunta na zona de “Unitização”.

A produção petrolífera neste campo, teve o seu início em 2015, com uma produção de 36.000 barris por dia, divididos em 50% para cada país.

Participaram nos debates da Palestra organizada pela Universidade de Strathmore, Estudantes, Professores e outros Académicos convidados.

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