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A celebração do dia da Independência da República de Angola, no Quénia, foi marcada por uma palestra proferida pelo Embaixador, Sianga Abílio, e pela publicação nos dois principais jornais diários do país, de um artigo de opinião assinado pelo Embaixador.

A palestra sobre os 45 anos da República de Angola como um país livre e independente, decorreu no formato videoconferência e contou com a participação de Diplomatas, funcionários da Embaixada e membros da comunidade angolana residente no Quénia.

No artigo de opinião, publicado nas versões impressa e online dos jornais Daily Nation e The Standard o Embaixador, Sianga Abílio, abordou a vertente histórica da República de Angola, os desafios do Executivo liderado pelo Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço, e a cooperação bilateral Angola-Quénia.

https://www.standardmedia.co.ke/opinion/article/2001393570/after-over-500-years-of-pain-angola-is-on-the-right-direction

 

Eis o artigo de opinião:

ANGOLA

11 DE NOVEMBRO DE 1975–2020

45 ANOS COMO UM PAÍS LIVRE E INDEPENDENTE

O povo angolano está em festa. Celebra hoje, o 45º aniversário da independência da República de Angola, depois de 500 anos de colonização portuguesa e de 14 duros e difíceis anos de luta armada para a Libertação Nacional, um processo e etapas em que muitos compatriotas destemidos perderam a via para que tivéssemos o país que temos hoje.

Com o alcance da independência nacional, no dia 11 de Novembro de 1975, Angola e os angolanos conquistavam a sua autodeterminação. 

Em 1992, Angola adoptou o modelo político multipartidário e realizou as suas primeiras eleições gerais, mas o impacto das mudanças só veio a ser sentida pelos cidadãos, no ano de 2002, quando as partes desavindas concordaram em assinar um acordo definitivo de Paz e de Reconciliação Nacional.

Alcançada a paz e a estabilidade em matéria de segurança, em 2002, o governo de Angola lançou-se num processo de dimensão nacional virado para a reconstrução do país, reconciliação dos seus cidadãos e consolidação da democracia. O processo permitiu que o Pais voltasse a ser ligado por vias de comunicação, estradas e circulação das pessoas e bens.

Em 2017, Angola entra para uma nova fase, a fase actual. O antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que dirigiu o país por 38 anos, deixou o poder tendo sido substituído pelo Presidente João Gonçalves Lourenço que ganhou as eleições presidenciais de 2017. 

O Presidente, João Lourenço, definiu a luta contra a corrupção como sua principal bandeira de governação e avançou com a implementação de reformas baseadas em dois pilares fundamentais, nomeadamente, a edificação de um verdadeiro Estado de Direito, para instaurar a confiança aos investidores quer nacionais como estrangeiros, e a consolidação da economia de mercado, baseada na sã concorrência e total abertura do país aos investidores.

O combate à corrupção e à impunidade, continua a ser a grande prioridade do governo do Presidente, João Lourenço, representando um corte com o passado.  

Como parte de um todo que é o concerto de nações, Angola, é membro activo de organizações regionais e sub-regionais de Africa e organizações internacionais, apostando, sobretudo, na promoção da cultura da paz. É esta a grande missão do Presidente, João Lourenço, com o apoio político de países irmãos como o Quénia, na promoção da reaproximação entre o Ruanda e o Uganda, por via da assinatura, em Agosto de 2019, em Luanda, capital de Angola, do Memorando de Entendimento de Luanda.

Na verdade, o Presidente, João Lourenço, olha com muito interesse para a necessidade de se apostar na adopção e implementação de iniciativas africanas para a solução de problemas africanos.

Tanto na Região dos Grandes Lagos Grande Lagos, na União Africana, como nas Nações Unidas, Angola tem o Quénia como um grande parceiro estratégico. Aqui se explica o apoio de Angola na votação a favor do Quénia, para sua eleição ao assento de Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2021-2022, convicto de que o Quénia saberá, seguramente, representar e defender os anseios da nossa mãe Africa, como o posicionamento reiterado de Angola sobre a necessidade de se efectuarem reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em prol da expansão do número de membros permanentes do Conselho de Segurança, com uma representação africana com dois membros permanentes, com direito a veto, e com cinco membros não permanentes.

Quanto ao sector económico, o governo angolano tem tomado medidas com o propósito de melhorar o ambiente de negócios, reduzir a dependência do petróleo, incentivar a produção nacional e atrair o investimento estrangeiro para os diversos recursos naturais e outros sectores económicos do país.

E é meu desejo, e até mesmo, parte importante da minha missão, fazer com que homens de negócios deste país irmão que é o Quénia, intervenham activamente no mercado angolano como investidores, principalmente, nos sectores da agricultura e pecuária, indústria, pescas, transportes, educação, turismo e em outros ramos da economia nacional.

Em Julho de 2019, foi dado um grande e importante passo neste sentido, com a realização, em Luanda, de um fórum de negócios e investimentos, promovido pelas Missões Diplomáticas de Angola no Quénia e do Quénia em Angola que contou com a participação de empresários Angolanos e Quenianos.

É nosso desejo dar seguimento à iniciativa para transformarmos as intenções de cooperação económica em prática, apesar deste grande constrangimento que vivemos criado pela Pandemia da COVID-19.

Temos um grande desafio: Precisamos aproveitar as boas relações políticas e diplomáticas entre Angola e o Quénia, para promovermos a aproximação ao nível do cidadão, usando a economia e a cultura como factores de união.

Há mais de cinquenta anos que os povos do centro e sul de Angola dançam freneticamente ao som da música Kamba do Quénia, lá chamada de sungura, e que nos dias que correm, aqui no Quénia, já se dança a Kizomba e o Semba, produtos culturais angolanos que já se transformaram em produtos africanos.

Aqui está a força das nossas culturas que devem ser capitalizadas para encurtar a distância entre os povos de Angola e do Quénia.

Sianga Abílio 

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola no Quénia

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